Nos primórdios, a comunicação humana usava gestos, imagens e sons. Foram necessários milhões de anos até o homem chegar à fala e outros milhões de anos até a dominação da escrita. O passado norteia nossa percepção para continuar captando muito bem gestos, cores, símbolos, sons e luzes.
Ainda hoje, diante da evolução da ciências, sobretudo da Comunicação, a comunicação não-verbal continua a reinar sobre a Terra. Para se ter uma idéia, mais de 90% de nossa comunicação não usa palavras. Então por que não usar ferramentas não-verbais para atrair o cliente?
Não é fácil, já que a linguagem não-verbal de nosso corpo está muito mais ligada ao inconsciente e aí pode morar o descontrole. Mas não é impossível. O interessante é saber que tudo que você emite faz parte de um processo de troca, no qual você recebe informações extras o tempo todo. As mensagens não-verbais emitidas pelos outros remetem a um aprendizado familiar: os primeiros contatos com o mundo. Ao nascer, o bebê já sabe o que é claridade e escuridão, porque o útero é sombrio, mas não totalmente escuro.
Uma frase de Lair Ribeiro causava impacto nos expectadores: “Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo”. A dica para vivenciar um feedback interessante é olhar-se no espelho. Pode parecer coisa de Narciso, porém é uma questão de auto-conhecimento.
Quem é o seu cliente?
Você pode conhecer o perfil de seu cliente pelo modo como ele se veste, fala e se comporta. Cores fortes e roupas chamativas, muitos gestos e palavras são indicativos de perfis mais arrojados; cores e roupas neutras, gestos e palavras mais contidos são indicativos de clientes mais conservadores.
O universo não-verbal garante informações mais precisas do que se pode imaginar.
Como interpretar as mensagens não-verbais dos clientes? Observe o olhar, repare o sorriso, sinta o tom de voz e respeite a pressa. O que é visível sempre chega ao seu destino.
Ítala Milany
